Tenho andado confuso, o medo às vezes me congela, êxito em conhecer o motivo, mas meu coração não me permite esquecer, e o cérebro logo se encarrega de carregar a imagem dos seus traços. Tenho ando incerto, inconstante, sinto vontade de parar tudo e ser eu mesmo! Mas, descubro que o eu mesmo é alguém similar a um robô de muito hábitos e uma agenda regrada de obrigações, viver tem se tornado apenas mais uma; como abrir a porta do banco e deixar alguém passar antes que você, ou permitir que um idoso suba no ônibus antes de você, fiz essa gentileza dias atrás, e curiosamente fiquei livre de ser assaltado, o senhor a minha frente teve seu bolso violado por um sujeito inescrupuloso, que correu em disparado, sem nada levar, apenas um susto e notas caídas ao chão, próximo as rodas do ônibus imóvel. Me deparei com o acaso e descobri que a gentileza nos traz benefícios traiçoeiros, posso ter perdido um grande amor, por ter sido gentil de mais, amar é prender as correntes. É preciso estar em cima, sufocando? Parece que sim, deixar respirar é deixar partir, e assim muito de mim tem me deixado, a começar pelo passado, já não reconheço velhos atos. Por que então, mesmo assim ainda amo você? Porque afinal, amar é entrar em contradição, a gente esquece hoje para se permitir lembrar amanhã, mesmo que ainda seja cedo, nunca é de mais, a julgar que já pode ser tarde de mais, amar é não prender-se ao tempo.
Descobri que ainda amo, mas não estou certo o que ou quem, descobri faz pouco tempo que o amor está em cuidar bem de nós, cuidar bem do nosso tempo precioso, de rir sem limites, e viver sem restrições.
Descobri que ainda amo, mas não estou certo o que ou quem, descobri faz pouco tempo que o amor está em cuidar bem de nós, cuidar bem do nosso tempo precioso, de rir sem limites, e viver sem restrições.
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