Desde agosto, quando foi anunciado que Alexandre Hohagen passaria a atuar como diretor-executivo do Google na América Latina, a empresa estava sem um presidente no Brasil. Esse cargo foi preenchido oficialmente por Alex Dias, que recebeu jornalistas nesta quarta-feira (29) no "Googleplex", sede da empresa em São Paulo.
Alex é engenheiro formado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e está no Google há cerca de 40 dias. "Tudo o que eu sabia de Google eu aprendi com vocês, mas agora eu devo reconhecer que sei mais do que vocês", disse, bem humorado, em sua apresentação aos jornalistas, de certa forma cultivando o mito por trás da empresa.
No salão de festas da empresa, que fica em um dos dois andares que ela ocupa de um prédio na Av. Brigadeiro Faria Lima, Alex falou sobre sua trajetória recente e comentou a situação do Google no Brasil. Ele considera o momento positivo, e diz ter uma equipe bastante motivada.
Nos últimos seis anos, Alex trabalhou em países da América Latina com projetos de TV por assinatura. Fundou as operações da DirecTV no Peru, em 2005, e antes de entrar para o Google era diretor-executivo da DirecTV na Argentina.
"O Google representa uma indústria muito inovadora. Eu não vejo paralelo com nenhuma outra", diz ele, citando o "DNA" da empresa. "Temos uma posição fortalecida. A idéia é continuar o crescimento, o impacto que conseguimos nessa curta vida de três anos no Brasil".
Foto: Renato Bueno/G1
Alex Dias foi apresentado no "Googleplex" em São Paulo. Escritório local segue estilo da sede nos EUA: tem mesa de sinuca, de pinball, videogames e pufes. (Foto: Renato Bueno/G1)
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A CPI da Pedofilia, processo em que usuários do Orkut eram investigados por publicação de material ilegal, é um tema resolvido, diz Alex. "O Google tem um acordo com o Ministério Público e com a Safernet honrando todos os compromissos formalizados", lembra.
Quanto à crise econômica que coloca os mercados mundiais sob tensão há pelo menos um mês, o novo presidente diz que o Google vê a situação com muita atenção, mas que pode existir um lado positivo. "A gente também vê isso como uma oportunidade. O processo de busca e de compra na internet não pára, ele continua ocorrendo. Talvez até de um modo mais extenso, mais criterioso", explica. Mas faz a ressalva: "Não estou dizendo que crise é algo que a gente queira, muito pelo contrário".
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