segunda-feira, 21 de setembro de 2015

O sucesso de Andressa Urach e a morte da literatura nacional.


O Brasil está definitivamente em crise, em colapso! Isso fica cada vez mais claro quando olhamos para a sociedade e tudo que dela se deriva: comportamento, consumo, atitude. Temos nos comportado de forma arrogante, buscando e apontando a origem de todos os problemas do país atribuídos unicamente à Dilma, como se não houvesse uma contribuição nossa, mas há! O reflexo desse comportamento arrédio é a desqualificação de valores morais no cotidiano, para assumirmos valores esporádicos. Um bom exemplo disso é o sucesso de vendas da biografia de uma ex-prostituta em detrimento de tantas obras literárias de valor cultural. Tal livro saiu com uma tiragem de cerca de 1,3 milhões de exemplares, um recorde absoluto, jamais batido por Machado de Assis ou Clarice Lispector. Mas o que isso representa? Significa que a sociedade brasileira não é nem está preocupada com a moral ou tradição ou bons constumes, significa que à a Dilma está sendo vítima de sua falta de capacidade de oratória, mas que de fato não há essa sociedade moralista, somos hipocritas, e apesar de negarmos o rótulo de país do samba e carnaval, é exatamente isso que estamos praticando: aplaudindo uma mulher que se pintava e vendia-se, estamos aplaudindo aquilo que achamos importante, ou seja, o sexo, o corpo, a aparência. O essencial no Brasil continua sendo a aparência, capacidade não importa. Enquanto a literatura brasileira sofre com a falta de inovação e investimentos. Enquantos muitos jovens escritores estão na luta, buscando seu espaço e levando portas fechadas e sucessivos nãos, estamos dizendo que tudo é permitido quando a promiscuidade é exercida. Então, para ser bestseller nesse país de hoje é preciso ter sido puta! Essa nossa atitude só nos assasta do merecido espaço que poderia ser nosso na literatura mundo, e o Nobel fica cada vez mais distante. Mas certamente haverá aqueles que irão querer comprarar e apontar outras questões, como falta de investimento em educação, como sendo o motivo de nunca termos ganho tal prêmio. Pessoas que dizem isso, certamente não sabem de quantas medalhas de competições de ciências, matemática, química, energia nuclear (recente), física e afins temos ganho nos últimos seis anos. Estamos vivendo uma transformação pelas bordas. A periferia e o interior tem ganhado espaço nessas conquistas, enquanto que o os grandes centros exercem o poder da hipocrisia e superficialismo. Resultado é isso, uma biografia fazendo mais sucesso que qualquer outro livro, inclusive de autores internacionais, pois a final somos realmente o país do carnaval! O que nos resta é buscar na Amazon como fonte de lançamento de novos autores, pois nossas editoras tem como prioridade qualquer outro gênero, menos o literário!

domingo, 24 de maio de 2015

Ex-vereador e sua opinião sobre (UERN)

É com desconforto que escrevo, mas sinto essa necessidade. O motivo é a matéria (http://jornaldehoje.com.br/ex-vereador-alerta-ou-o-governo-acaba-com-uern-ou-ela-acaba-com-o-rn/) escrita com a opinião de um ex-vereador de Natal e sua opinião sobre a UERN. Me sinto como egresso da referida instituição, ofendido!
Primeiramente, quero deixar claro que alguém que era político, seja qual for o cargo eletivo deveria antes de se pronunciar sobre qualquer órgão ou repartição pública, analisar seu papel e contribuição ao estado/cidade ao qual tenha prestado serviço, no referido caso, ao município/capital do RN.
Vejo como profunda falta de competência intelectual tal uso em seu blog do verbo 'gastar'. Gasto é manter milhares de políticos com salários incompatíveis com o nível profissional/educacional dos mesmos, profissionais da política ganhando mais que graduados, mesmo tendo apenas o fundamental/médio. Isso sim é um gasto. São pessoas que recebem além de seus salários, auxílios para seus gabinetes, mas que serviços prestam à sociedade? Que qualidade tem esse serviço?
Ao falar que a inexistência da UERN traria economia aos cofres do Estado, tal indivíduo desconhece o papel da educação. Como ex-aluno da UERN, instituição a qual fui estudante do Curso de Ciência da Computação e neste curso representate estudantil por vários anos. Conheci esta instituição como poucos. Que existem problemas crônicos isso é fato, como todo órgão público, a burocracia em demasia apenas expõe tais fatos. Mas, educação não é gasto similar a manter um gabinete de um político. É educação é liberdade e começa no ato e exercício da fala, ainda criança. Um país que não permite o acesso ao ensino superior a seu povo, jamais poderá ser chamado de NAÇÃO!
Não se cria um filho para morar eternamente em seu quarto, sem ver à luz do dia, nem a rua, nem a cidade. Se cria um filho para crescer e modificar a parcela da sociedade em que se vive/cresceu, com sua contribuição social na área em que houver maior aptidão. A Universidade surge como responsável por direcionar esse filho a uma linha, uma área que lhe permita voar e junto com seu voo levar não apenas o nome da instituição que o graduou como também ao estado e município.
É vergonhoso ler que um egresso da UERN tenha que trabalhar exclusivamente em seu estado, é como pensar em um Oscar Niemeyer e que as obras deste que foi o maior arquiteto do Brasil tivesse que existir apenas no estado do Rio de Janeiro.
Como se Natal não pudesse ter uma obra sua, como se Curitiba não pudesse, como se o mundo não pudesse ter suas obras, e com este pensamento infeliz de um tal ex-vereador, não teríamos Brasília! Segundo o pensamento do tal ex-vereador seria uma vergonha para o Rio de Janeiro formar arquitetos, e uma vez formados irem trabalhar em outros estados e pior que isso, em uma cidade que nem existia, criada do zero.
Cada universitário/filho tem um pouco de Niemeyer ou pelo menos deveria, o que espera-se é uma contribuição do mesmo nível que este grande brasileiro, mas sendo realista isso não é para qualquer um.
Sou egresso, moro e trabalho em outro estado, não sinto vergonha disso, contribuou para meu país na área a qual me graduei. Tentando não apenas cumprir com minhas obrigações, mas elevar a área da microeletrônica(área que atuo) neste país a um patamar inédito!
Se esse sujeito acha um absurdo egressos trabalharem em outro estado e existir uma Universidade num estado pobre, tenho duas sugestões:
Leia sobre Niemeyer e a história do Japão. No primeiro caso, não será preciso ir longe para ver a obra ou parte dela deixada por ele. No segundo caso, esse país que fora arrasado por guerras e bombas nucleares se reergueu investindo em educação, rompendo à linha de pobreza e se tornando um país chave na inovação, respeito e qualidade de vida. Pois a educação liberta e pode por fim a pobreza quando ela é apenas financeira.  

domingo, 8 de março de 2015

Petrolão e o que a história tem a nos dizer...


Eu era criança quando assisti a queda do Collor e a morte do Airton Senna. Sofri mais pela perda do Airton, ele era meu herói. Também na infância tive um momento de extrema dificuldade, uma seca terrível assolou minha cidade, no interior do RN. Vi fazerem uso da máquina, no caso SUDAM e SUDENE tendo a desculpa da seca para fazerem investimentos sem tantos tramites, voltamos depois de anos a ter o direito de termos água nas torneiras, diferente daquela que comprávamos e não raro vinha com cor amarela e odor forte, além de pequenos sapos dentro. Aprendi com as crises a construir soluções ou ver elas, onde muitos apenas veem o problema. Esse meu olhar me conduziu a representação estudantil na época da graduação, e tudo parecia me levar a polítcia, era o que me diziam. Mas quis eu continuar a ver a solução, mudei de estados duas vezes, e hoje trabalho na área que tenho formação. Ainda que como muitos de minha geração eu mantenha vários hábitos, um deles escrever. Gosto de escrever sobre político. Se no passado a emoção falava mais forte, hoje a razão se mantém presente. Vejo nesse momento atual do país uma grande oportunidade de ultrapassarmos os limites, deixarmos de ser mais um país e seguirmos rumo a uma nação mais justa e igualitária. Parece loucura? Não, não é e explico: Muitos países chegaram ao desenvolvimento investindo em métodos e educação. O Brasil tem investido em educação, ainda que sem métodos, o que deixa a qualidade a desejar. Mas esse acesso nos permite avançar sobre o campo das ideias. Dessa forma hoje vemos os escândalos com mais clareza e convicções. Essas convicções nos levam a tomar uma posição, creio que estejamos nos unindo em uma única linha. Aquele que esquece os partidos e quer ver a política mais limpa e honrada. Nesse momento o que precisamos é esquecer quem está no poder e lembrar da participação de todos. Oposição e situação estão envolvidos nesse esquema que vem de longa data. Não cabe defesa de imagem ao PT ou PSDB. Temos que nos unir para transpor esse limite que nos bloqueia e chegarmos a uma Reforma Política em que o indício seja crime tanto quanto o condenamento. Deixamos passar vários políticos sujos e hoje estamos vendo o que isso tem nos tirado. Maluf é um claro exemplo disso, procurado pela Interpol a vários anos, responde a processo de desvio da época em que era prefeito em São Paulo. O Clã Sarney é outro exemplo, dominaram o Maranhão por 50 anos. Deixaram o estado um caos. Dos R$ 220 milhões que tinham disponíveis para reformar ou construir cerca de 120 escolas, deixaram quase 110 sem qualquer obra estruturante. E a ex-governadora desse estado aparece na lista de envolvidos. Se olharmos com uma lupa, veremos que são sempre os mesmos nomes. Do PSDB vem o Anastasia, mas ele pertence ao mesmo clã dos envolvidos no mensalão mineiro. Pensando assim, chego a conclusão de que esse não é o maior escândalo do país. É sim de fato a união da impunidade. Se quando houvesse a suspeita tivéssemos tomado a decisão de não mais votarmos nesses nomes, não estaríamos vendo tantos nomes conhecidos e uma única lista. A história está nos permitindo erradicar esses nomes da política brasileira de uma vez por todas, vamos perder essa oportunidade ou faremos como fizemos com o Collor? Deixando ele em esquecido por oito anos para depois voltar com toda força? Pelo país, e não por este ou aquele partido, precisamos dizer: basta! Que tal começarmos o fim do direito político de todos os citados? Pois não adiantará uma reforma política se for para termos o Collor de volta em oito anos, como fizemos e como se tem feito com políticos que perdem seus direitos políticos. E ai eu me pergunto: seremos hipócritas novamente ou iremos a rua, não pelo impeachment da Dilma mas pela cassação de todos os citados no processo? Punir um e esquecer dos outros não será suficiente, estamos vivendo isso e viveremos de novo a cada dez ou vinte anos se não pusermos um fim agora!

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Geração Piriguetes


Geração X, Y, Z? Nada disso, a palavra do momento é feminismo! O curioso é que a palavra aparece num momento social e econômico em que a mulher deixou de ser um produto para ser uma marca. Uma marca caracterizada pela dualidade de conceitos.

Impeachment de Dilma


Se a aproxima o dia daquele movimento que pretende marcar o reprise dos anos 90 no século XXI. Coincidência ou não o plano surge do mesmo partido, PSDB. no passado era Collor hoje Dilma. Collor não largou a política, continua a ser um político medríocre e corrupto, se no passado a imprensa queria-o em Brasília, no presente querem à volta do PSDB. Curiosamente significa a volta da pobreza, pois a época da gestão do PSDB erámos mais pobres. Nossas exportações não alcançavam a cifra de $ 70 bilhões, isso sem falar que o México tinha um PIB maior que o nosso. A dívida ao FMI foi presente deles, eles falam que o Brasil colhe hoje o fruto semeado por eles, realmente o apagão foi criado por eles, foi esse cenário que elegeu o PT. O curioso é que o PSDB que se auto-avaliam como agentes do desenvolvimento e progresso, justo eles,mque governam o estado mais rico do país e nem assim conseguiram construir um transporte eficiente ou tratamento de esgoto, se tratassem o esgoto como tratam o caixa dois São Paulo não estaria em crise hidríca como está hoje. A arrogância deles tem consumido o desenvolvimento do país. Seguindo em linha oposta a crise o PMDB continua a seguir em cima do muro, sempre no poder. Dilma como sempre demorou demais a se pronunciar. O impeachment enquanto processo não levará a nada além de PSDB e PT, acompanhados do PMDB, ou seja, reprise dos anos 90 e 2000. Se o que querem é mostrar que são diferentes, sugiro começarem punindo os envolvidos no mensalão mineiro e na márfia dos trens de SP, que a todo custo querem abafar. A história ensina aos sábios e cega os idiotas, se soubermos olhar o futuro e para ele com olhos de questionamento não seguiremos com isso em frente, não sem antes punir os envolvidos no mensalão mineiro, nos trens, na SUDAM, SUDENE, Petrobras, INSS e tantos outros que ainda nem sabemos...