terça-feira, 23 de agosto de 2016

A farsa do Impeachment.

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A farsa por trás da aparente democrácia, chama-se impeachment! Não fui a favor de Dilma na reeleição, critiquei sua equipe desde os primeiros dias. Eu preferia que o Meirelles tivesse na Fazenda desde sempre. Mas, hoje devo afirmar: não gostei de tê-lo de volta... O motivo é simples, o cenário mudou mas a receita continua a mesma.
O que queremos afinal?
Um país próspero ou um ciclo de crescimento?
Que país queremos? Precisamos definir!
O que estão propondo?
Falam em reforma trabalhista, previdenciária, mas e a tributária?
Falam em pacotes com privatizações e reduzir o tamanho da máquina, vejo porém novos cargos sendo transmitidos e gente sem ligação com as áreas assumindo ministérios.
O Brasil precisa de três coisas:
1 - Reforma tributária. O que é isso? Temos uma lista grande de tributos, alguns deveriam ir a fundos específicos outros áreas abrangentes, em comum o peso e a falta de clareza. Falam em unificar o ICMS em taxas globais, esbarra nos estados que não querem abrir mão de nada.
Por não termos estrutura física acabamos usando os tributos como meio de sustentação de todos os males e benefícios, é assim com a inflação. Quando a inflação sobe acima da meta de 4,5% (estabelecida por lei da responsabilidade fiscal) é aceso o sinal de alerta, porém, se esse valor fica abaixo de 6,5% ao ano se considera que a inflação está dentro da margem de erro. Nos últimos anos esse valor tem sido maior que 6,5%, o que fez o governo por meio do Banco Central elevar a taxa básica de juros, famosa SELIC. Esse taxa está em todas as vendas de ações do governo no mercado futuro, bem como é usado como base nos bancos para correções (multas e etc).
Mas será mesmo que só temos essa solução?
E se, ao invés de aumentar o juros fosse feito uma reforma tributária ampla e irrestrita. Por exemplo, quem hoje ganha acima de R$ 4664,68 pagará 27% de alíquota. Mas vejamos:
Existem pessoas que ganham mais que isso, elas pagam mais? Não!
Políticos por exemplo, não pagam essa taxa, nem contribuem proporcionalmente para aposentadoria. Temos quase um milhão de pessoas com patrimônio superior a R$1 milhão, essas pessoas pagam a mesma taxa que a classe média. Quem sente mais no bolso?
Quando a crise aperta o que fazem?
O governo nivela para baixo, ou seja, busca impostos que a classe mais baixa paga sem saber que está pagando, como os impostos sobre devirados de petróleo. A gasolina subindo tudo sobe, isso inclui a inflação!
Mas como a gasolina afeta a economia?
Primeiro: temos o petróleo, mas poucas refinarias, logo exportamos o óleo e IMPORTAMOS a gasolina! Importamos em dólar (viram quanto está o dólar?). O trigo do pão vem de fora (comprado em dólar), para chegar aos mercados e padarias são transportados por estradas (e bem sabemos das condições) em caminhões a diesel. O mercado acrescenta sua taxa de lucro. Mas nem só de pão vive o homem...
2 - Reforma da Previdência: é preciso ser sério nesse assunto. De fato estamos vivendo mais, mas também estamos pagando por isso, pagamos pelos aposentados e por aqueles (militares e políticos) que no passado ganhavam pensões vitalícias (passada de herdeiro a herdeiro ou cumulativa, no caso de ex-governadores e afins). Todos precisam pagar, mas o que se tem falado é em reforma popular, ou seja, para os pobres que ganham pouco trabalharem mais.
3 - Reforma do Judiciário: o crime no Brasil é protegido, a lei foi feita por criminosos para anistiar seus crimes cometidos na DITADURA, ou seja, não há fim, não há última instância, sempre cabe recurso, exceto quando não se tem dinheiro para pagar advogado, ou seja, o ladrão de galinha fica preso e o CUNHA faz churrasco (R$3 mil, aproxidamente) na residência oficial, antes de deixar o cargo (de presidente da casa).
As leis precisam ser claras e objetivas!
Por fim, e voltando ao ponto inicial:
Precisamos de planejamento, isso significa pensar para 20, 30 e 100 anos futuros. Nossos problemas com estradas, portos, saneamento e afins não serão resolvidos em um ano, ou num único mandato. Hoje 94% do que produzimos é escoado por estradas, falam em quase 14% asfaltadas, as más condições elevam o preço dos produtos (grãos se perdem no transporte ou apodrecem). Temos que inverter esse quadro, em um único trem podemos transportar o equivalente a 100 ou 1000 caminhões, a depender de quantos vagões dispunhamos. Detalhe, os trilhos não tem buracos, a taxa de perda é inferior, outro detalhe é que é um meio mais barato depois de construído. Inverter esse quadro afetará os preços diretamente, o custo Brasil é o maior responsável pelo baixo crescimento e alta inflação.
Custo Brasil é tudo aquilo que fazemos sem retorno ou com preço maior que o necessário, exemplo:
Políticos com verbas de R$500 mil por gabinetes, ex-governadores de um ou dois estados com pensões por cada estado (o mesmo se aplica a ex-senadores), militares e herdeiros (passadas para esposa, filho, netos - pessoas que não contribuiram com o INSS). Estradas ruins, portos ruins, indústria sucateada que recebe incentivos fiscais e não se modernizam, ou seja, produzem cada vez menos e pior, o que amplia as importações (aumentando o déficit da balança comercial).
Mas, o que temos visto? Estão falando em aumentar o imposto sobre os combustíveis. Preciso repertir o que isso significa?

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