terça-feira, 25 de março de 2014

Nota do Brasil


As agências de classificação de risco existem para dizer ao mercado quais países ou empresas darão grandes retornos ou pelo menos não deixarão de pagar seus compomissos. Elas falham, exageram, criam cenários que nunca existiram de fato. Foi assim no começo dos anos 2000, em meio a crise o risco países ultrapassou 1300 pontos. O Brasil aquela época não tinha grau de investimento. Po outro lado, as empresas responsáveis pela crise de 2008 tinham. O mercado tende a seguir com atenção a opinião das agências de classificação de risco. O Brasil neste momento está em crise, não como no início dos anos 2000. Trata-se de uma crise orgânica e sistêmica. Orgânica no sentido de que o problema reina nos organismos públicos e privados. O setor privado não consegue intervir na política de prioridades do governo. Que poderia investir pesado em infra-estrutura ao invés de conceber desoneração de impostos a uns, aumentando impostos a outros. O sistema está falido! Não há um único partido ou estado que tenha invertido ineficiência em eficiência, nenhum. A lutar pelo poder passa pela mãos de três perfis fracos. Dilma, que mostrou-se isolada do mundo, não fechando nenhum grande acordo internacional e ainda adiando as negociações com a união europeia. Tem o PSDB, que não sabe investir em infra-estrutra. O maior porto do país fica em Santos, litoral paulista. Estado governado a décadas pelo PSDB e que sofre a cada ano com os mesmos problemas. O transtorne público da capital paulista é digno de repúdio. No horário de pico, homens e mulheres pisam uns nos outros, empurram e caem na disputa por uma vaga dentro dos trens da CPTM ou do metrô. Estamos falando de 7,5 milhões de passageiros por dia que fazem uso deste transporte na região metropolitana mais rica do país. Logo, se não são capazes de resolver os problemas no estado mais rico do país, seria no mínimo burrice crer que resolveriam do país. Eles já ocuparam Brasília e o resultado foi crise enérgica e país devedor. A terceira opção não conseguiu resolver os problemas de violência ou saneamento em seu estado. Diante disso tudo fixa fácil para as agências de riscos baixarem a nota do país. Isso gera um correria na bolsa, o que obriga o país a rever certos conceitos, pois com uma nota mais baixa a taxa de retorno, ou seja, a taxa de correção ao qual o governo federal assume que pagará a quem comprar papeis do governo, essa taxa subirá a medida em que as outras agências também rebaixem a nota. Isso será um grande problema no fim do ano, quando mais uma vez o superávit primário não for cumprido. O Brasil não precisa de mais ministérios. Precisa sim, de ministros com competência de gerir recursos. Do contrário, não importa quantos bilhões sejam arrecadados, eles nunca serão sucifientes.

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